Deepfake e golpes digitais: Como se proteger de fraudes online
Saiba como deepfakes estão sendo usados em golpes digitais, identifique falsificações e proteja-se contra fraudes online cada vez mais sofisticadas.
SEGURANÇA E PRIVACIDADE DIGITAL
TMC
1/28/20254 min read


A ascensão da falsificação digital e os novos desafios da segurança
A tecnologia deepfake avançou a um nível impressionante, tornando-se uma ferramenta poderosa – tanto para inovação quanto para golpes sofisticados. Criada com inteligência artificial, essa técnica pode manipular vídeos, áudios e imagens de forma tão convincente que muitas vezes é impossível distinguir o que é real do que é falso. Já vi casos de pessoas recebendo ligações aparentemente de familiares pedindo dinheiro, quando na verdade era uma simulação gerada por IA. Empresas têm enfrentado tentativas de fraude onde executivos "aparecem" em videoconferências autorizando transferências financeiras fraudulentas. Esse tipo de golpe não é mais ficção científica; é uma ameaça real, já em prática.
A velocidade com que a inteligência artificial avança cria desafios para regulamentação e proteção contra fraudes. Golpistas não precisam mais se esforçar para clonar um cartão ou invadir um sistema bancário. Agora, basta uma voz, um vídeo ou uma imagem falsificada para criar enganações incrivelmente convincentes. Neste cenário, compreender como os deepfakes funcionam e desenvolver uma postura defensiva são as únicas formas de proteção.
Como deepfakes são criados e por que são tão perigosos
A construção de um deepfake não exige mais conhecimento técnico avançado. Plataformas acessíveis permitem que qualquer pessoa gere falsificações de áudio e vídeo com poucos cliques. A técnica funciona alimentando redes neurais com uma grande quantidade de imagens e áudios de uma pessoa, permitindo que a IA aprenda padrões e recrie a voz, os gestos e as expressões dessa pessoa em qualquer situação.
Entre os maiores perigos dessa tecnologia, destaco:
Fraudes bancárias e extorsão – Pessoas têm recebido chamadas falsas de parentes solicitando dinheiro com vozes idênticas às reais.
Manipulação política – Deepfakes já foram usados para disseminar desinformação, criar discursos falsos e comprometer a credibilidade de figuras públicas.
Golpes corporativos – Fraudadores criam vídeos e áudios falsos de executivos para autorizar transações financeiras ou vazamento de dados sensíveis.
Crimes de reputação – Falsificações são usadas para espalhar notícias falsas e criar materiais difamatórios, destruindo carreiras e reputações.
A ameaça não está mais no futuro; já está entre nós. Uma vez que um deepfake convincente é divulgado, desfazer os danos pode ser quase impossível. A pergunta essencial não é mais se isso pode acontecer, mas sim quando e como você pode se proteger.
Os golpes digitais mais comuns com deepfake e como identificá-los
Os deepfakes podem ser aplicados a diferentes formas de golpes. Alguns dos mais comuns já circulam com frequência e continuam enganando muitas pessoas:
Falsificação de identidade em chamadas e videoconferências
Um criminoso grava áudios de uma pessoa real e os utiliza para gerar pedidos falsos de dinheiro ou favores pessoais.
Golpes envolvendo executivos que “aparecem” em videoconferências e autorizam pagamentos.
Golpes em redes sociais e fake news
Deepfakes são usados para criar declarações falsas de figuras públicas, influenciando eleições e mercados financeiros.
Imagens e vídeos manipulados são divulgados para comprometer a reputação de indivíduos.
Extorsão digital e chantagem
Criminosos criam deepfakes de vítimas em situações comprometedoras e exigem pagamentos para não divulgar os materiais.
Manipulação de vozes para incriminar pessoas ou ameaçá-las.
Falsificação em serviços bancários e atendimento ao cliente
Golpistas usam deepfakes para enganar atendentes bancários e solicitar mudanças em contas e transações.
Fraudadores clonam vozes para passar por clientes legítimos e burlar autenticações por telefone.
Se por um lado a sofisticação dos golpes aumenta, por outro, há sinais que podem indicar falsificações. Pequenos detalhes na movimentação da boca, piscadas inconsistentes e falhas na iluminação são indícios de que um vídeo pode ser um deepfake. No caso de áudios, entonações robóticas e falta de pausas naturais na fala são pistas de manipulação.
Ferramentas para detectar e se proteger contra deepfakes
A tecnologia que cria deepfakes também pode ser usada para combatê-los. Algumas plataformas desenvolvem métodos de detecção que ajudam a identificar falsificações antes que se tornem um problema. Entre as principais soluções disponíveis, destaco:
Deepware Scanner – Detecta padrões artificiais em vídeos e imagens.
Microsoft Video Authenticator – Analisa detalhes sutis para identificar manipulações digitais.
Sensity AI – Uma das ferramentas mais avançadas no combate a deepfakes, usada por governos e empresas.
Além dessas tecnologias, algumas ações podem aumentar a segurança contra golpes digitais:
Desconfie de pedidos urgentes e inesperados – Se receber uma solicitação incomum de um amigo ou familiar, confirme por outro canal antes de agir.
Verifique fontes e informações – Nunca confie cegamente em vídeos ou áudios polêmicos sem antes validar a autenticidade.
Ative a autenticação em dois fatores – Proteja suas contas para evitar que golpistas tenham acesso ao seu material original para criar falsificações.
Limite a exposição de sua voz e imagem em redes públicas – Quanto mais material disponível, mais fácil será para fraudadores criarem deepfakes convincentes.
O futuro dos deepfakes e como se preparar para o que vem por aí
A tendência é que os deepfakes se tornem cada vez mais sofisticados. Em um futuro próximo, será impossível diferenciar um vídeo real de um manipulado sem o auxílio de inteligência artificial. Isso traz um desafio gigantesco para a segurança digital, obrigando tanto empresas quanto indivíduos a desenvolverem novos métodos de proteção.
Regulamentações mais rígidas devem surgir para responsabilizar quem cria e dissemina deepfakes maliciosos. No entanto, a legislação sempre caminha atrás da inovação. Enquanto novas leis são formuladas, a responsabilidade de se proteger ainda recai sobre o usuário.
A minha recomendação para qualquer pessoa preocupada com segurança digital é simples: nunca confie totalmente em conteúdos audiovisuais sem verificação, mantenha-se atualizado sobre novas formas de golpes e adote medidas preventivas para garantir sua proteção.
Deepfakes não são apenas uma ferramenta de entretenimento ou um recurso impressionante de tecnologia. São armas sofisticadas que podem ser usadas para manipulação, fraude e extorsão. Quanto mais você souber sobre o funcionamento dessas técnicas, menos vulnerável estará a essa nova era de desinformação digital.
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